Patrono: Elias Farhat
Cadeira: 05
Seção: Letras
Elias Farhat nasceu em Kfarchima, Monte Libano, em 1893, e faleceu no Brasil, em 1976, país para o qual emigrou em 1910. Trabalhando no comércio em São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba, Elias não deixou de desenvolver também sua paixão pela literatura e no Brasil começou a escrever com espontaneidade e de forma realista, que contribuiu com a “Nahda” árabe no Brasil, podendo ser considerado um dos representantes da literatura árabe no país.
Em 1921, Elias casou com Julia Gibran, parente do grande escritor Gibran Khalil Gibran, formando uma familia da qual nasceram quatro filhos: Khaled, Laila, Muna e Issam, cujos descendentes – uma parte deles – encontram-se em Curitiba. Em 1959, com o Líbano já independente, Elias faz uma grande viagem pelo Oriente Médio, onde é recebido por homens de letras e autoridades. Na Síria, recebeu a comenda do governo.
Elias, em seus escritos, é um defensor da união dos árabes e por isto foi chamado de poeta do arabismo. Tinha uma visão futurística e em seus escritos falava do uso do petróleo como arma política. Entrou em questões religiosas e sociais, falou da igualdade e da liberdade.
Sobre o fanatismo, Elias escreveu: “…o erro dos fanáticos é muito profundo. Profundo como o erro dos cegos” (jornal al Anba 11,05.1977, p. 6). Elias critica o puritanismo, o materialismo e o orgulho e escreve sobre o bem que pode ter uma ordem moral universal.
Assim, Elias Farhat deixou seu pensamento e contribuição em seus escritos, que fazem parte hoje da grande enciclopédia da literatura do “Mahjar” (Emigração). As poesias de Elias Farhat até hoje são lidas e estudadas nas escolas de países árabes. O Brasil assim contribuiu de forma espetacular com a “Nahda” árabe no Oriente Médio e hoje muitos escritores brasileiros, descendentes de árabes, escrevem dentro de um estilo oriental em língua portuguesa, mantendo viva a literatura árabe no Brasil.
(R Khatlab)
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