Acadêmico: Tárik de Souza Farhat
Cadeira: 07
Patrono: ALMIR CHEDIAK
Membro: Titular
Secção: Letras
Eleição: 04/11/2022
Posse: 12/11/2022
Sob a presidência: José Roberto Tadros
Antecessor: –
Tárik de Souza Farhat, jornalista carioca, começou na revista Veja em 1968, onde foi repórter, redator e editor de música. Escreveu para outras publicações como Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Isto é, Vogue, Elle, Jornal do Commercio (RJ), Show Bizz, Opinião, Pasquim, Som 3, Revista do CD, Coo-Jornal, Movimento, Playboy, Jornal da República, Retrato do Brasil, Billboard Brasil, Valor Econômico. Foi colaborador da revista Carta Capital entre 2011 e 2016. Foi consultor das três séries de fascículos História da Música Popular Brasileira, da Editora Abril. Em 1974, fundou e editou a revista independente Rock (A história e a glória)/Jornal de Música. Apresentou programas na TVE/RJ (“Os músicos”, “O show é a música”, “Os repórteres”) entre 1981 e 1989. Foi redator e colunista musical do Jornal do Brasil de 1974 a 2011. Produziu e apresentou na rádio JB/AM o programa “Na Batucada da Vida” em 1991. De 2005 a 2018, produziu e apresentou na rádio MEC AM/FM o programa semanal “Bossamoderna”, retransmitido pelas emissoras Cultura (SP), Nacional (Brasília) e Inconfidência (BH). Participou da equipe de comentaristas do programa “Comentário Geral”, na TVE/ TV Brasil, entre 2006 e 2008. Foi jurado das duas edições do Prêmio Syngenta de Música Instrumental de Viola nos anos de 2004 e 2005. Dirigiu até 2003, a coleção de livros sobre música “Todos os Cantos” da Editora 34, iniciada em 1995, com o nome de “Ouvido Musical”.
Entre outros títulos, foram publicados, “A canção no tempo: 85 anos de músicas brasileiras” (2 volumes), de Zuza Homem de Mello e Jairo Severiano, “Tropicália, história de uma revolução musical”, por Carlos Calado, “O violão vadio de Baden Powell”, de Dominique Dreyfus, “Choro, do quintal ao Municipal” por Henrique Cazes, “Mario Reis, o fino do samba” , por Luis Antonio Giron, “Dorival Caymmi: o mar e o tempo”, por Stella Caymmi, “Jackson do pandeiro, o rei do ritmo”, por Fernando Moura e Antonio Vicente, “Música caipira, da roça ao rodeio”, por Rosa Nepomuceno, “Blues da lama à fama”, por Roberto Muggiatti, “A era dos festivais: uma parábola”, por Zuza Homem de Mello, “BRock, o rock brasileiro dos anos 80”, por Arthur Dapieve, “Do frevo ao mangue beat”, por José Teles, “Vida do viajante, a saga de Luiz Gonzaga”, por Dominique Dreyfus, “A divina comédia dos Mutantes”, por Carlos Calado, “Anos 70: Novos e baianos”, por Luiz Galvão, “Punk: anarquia planetária e a cena brasileira”, por Silvio Essinger, “Sepultura: toda a história”, por André Barcinski e Silvio Gomes e “Adoniran Barbosa: dá licença de contar…”, por Ayrton Mugnaini Jr.
Editou e foi um dos criadores, em 2000, do site Clique Music, especializado em MPB. Criou e editou, em 2006, o site Jornalmusical do Instituto Memória Musical, onde editou entre 2015 e 2018, o blog Supersônicas. Compilou faixas e/ou redigiu textos das séries de discos “Mestres da MPB” e “Enciclopédia Musical Brasileira” (Continental/ Warner) e das caixas “Apoteose ao samba” (6 CDs. EMI), “Jorge Ben”, “Nara Leão” e “Caetano Veloso”, “Baden Powell”, “Chico Buarque” e mais os CDs duplos “Tamba Trio Classics” e Princípios da Bossa” (Universal), Milton Nascimento (Seleções), e as coletâneas “Toada moderna” e “Sambalanço” (CD duplo, ambas pela EMI), entre outras. Participou do projeto “A fala da flauta”, produzido por Andreas Pavel, dedicado a Altamiro Carrilho com uma entrevista no DVD e um ensaio, “O mínimo múltiplo (in)comum”. Publicou os livros de poemas “E esse nó no peito” (Edição do Autor, 1978) e “Autópsia em corpo vivo” (L&PM Editores, 1979). Verbete da “Enciclopédia da Literatura Brasileira” de Afrânio Coutinho (Editora Global, 1997) seu poema “Estamento” foi incluído na antologia “A poesia fluminense do século XX”, de Assis Brasil (Editora Imago, 1998). É citado no “Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa” (Editora Nova Fronteira, 1986, pg. 374) e verbete do “Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira”, criação e supervisão de Ricardo Cravo Albin (Paracatu Editora, 2006).
É autor dos livros “Rostos e Gostos da MPB” (com Elifas Andreato), de 1979 e “Som Nosso de Cada Dia”, de 1983, (ambos da editora L & PM), “Tem mais samba _ das raízes à eletrônica” (Editora 34, 2003) e co-autor com Márcia Cezimbra e Tessy Calado da biografia de Tom Jobim, “Tons sobre Tom” (Editora Revan, 1995) e dos livros “Brasil Musical”, com Ary Vasconcellos, Roberto Muggiatti, Roberto M. Moura, Luis Carlos Mansur, João Máximo (Art Bureau Editora, 1988). “Brasil, rito e ritmo”, com Ricardo Cravo Albim, Leonel Kaz, João Máximo e Luis Paulo Horta (Aprazível Editora, 2003). Participou também da antologia “Do samba canção à Tropicália”, organizada por Paulo Sérgio Duarte e Santuza Cambraia Neves (Faperj/Relume Dumará, 2003). É autor do prefácio da “Coleção Revista da Música Popular” dirigida por Lúcio Rangel (Funarte/Bem-Te-Vi, 2006) e da apresentação crítica do “Cancioneiro Humberto Teixeira” (Jobim Music/ Good JuJu, 2006). E co-autor do livro “300 discos importantes da Música Brasileira” (Editora Paz e Terra, 2008), com Arthur Dapieve, Carlos Calado e Charles Gavin.
Organizou a compilação literária “O baú do Raul” (Editora Globo, 1991), com textos de Raul Seixas, em 25a edição, e a coletânea de entrevistas “O som do Pasquim” (Editora Codecri, 1976), reeditada em 2009 (Editora Desiderata). Ministrou palestra sobre o “Tropicalismo” na Casa da América, em Madrid, Espanha, em abril de 2004, e publicou o ensaio “Bossa nova: les accords de la démocratie” no catálogo oficial MPB (Musique Populaire Brésilienne) da mostra do Ano do Brasil na França, em 2005. Na Casa do Saber, RJ, entre novembro e dezembro de 2011, ministrou o curso “João Gilberto, um canto, um violão, uma revolução”. Para o Instituto Moreira Salles escreveu o folder e apresentou o cantor Roberto Silva no show de 14/ 06/ 2012, em que revisitou seu clássico disco, “Descendo o morro”, de 1958. Escreveu o prefácio do livro “Ninguém pode com Nara Leão – Uma biografia” (Planeta), de Tom Cardoso, e a apresentação do livro “História da Música Popular Brasileira sem preconceitos”, de Rodrigo Faour (Editora Record), ambos de 2021.
Participou dos documentários filmados “Coisa mais linda – História e casos da bossa nova” (2005), dirigido por Paulo Thiago, da série de TV “7 vezes bossa nova”, dirigida por Belisário Franca, em 2007, “Três irmãos de sangue” (2005), que biografa a trajetória dos irmãos Henfil, Betinho e Francisco Mário, direção de Ângela Patrícia Reiniger, “Fabricando Tom Zé” (2006), direção de Décio Matos Jr., “O homem que engarrafava nuvens” (sobre o compositor Humberto Teixeira), direção de Lírio Ferreira, “Loki – Arnaldo Baptista”, dirigido por Paulo Henrique Fontenelle, ambos de 2008 e “Cássia Eller”, do mesmo diretor em 2015, além de “Raul Seixas: o início, o fim e o meio”, de Walter Carvalho, de 2012. E também dos filmes “Henfil”, de Ângela Zoé, e “Som, sol & surf em Saquarema”, de Helio Pitanga, em 2018. Participou ainda do documentário “Chico Mário – A melodia da liberdade”, de Silvio Tendler, lançado em 2021. Foi consultor e entrevistado do DVD “Vento bravo – Edu Lobo” (Biscoito Fino), dirigido por Beatriz Thiellmann e Regina Zappa, e entrevistador do DVD “Que nega é essa?”, de Verônica Sabino.
De 2007 a 2018, foi responsável pela pauta e pesquisa do programa “O som do vinil”, de Charles Gavin, no Canal Brasil, da NET. Em maio de 2009, idealizou o programa “MPBambas”, que roteirizou e apresentou, também no mesmo Canal durante seis temporadas. Redigiu os textos e compilou as antologias dos fascículos dedicados a Luiz Gonzaga e Nelson Cavaquinho, da Coleção Folha (de SP) de Raízes da Música Popular Brasileira, de 2010. E os de Tom Jobim, “The composer of Desafinado plays”, e “Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo”, também da Folha de SP, em 2013. Publicou na edição setembro/outubro/novembro de 2010, da Revista USP, o ensaio “A bossa dançante do sambalanço”, transformado em livro (“Sambalanço – a bossa que dança, um mosaico”) editado pelo selo Kuarup, em 2016. Pela mesma empresa, lançou no mesmo ano os dois volumes da compilação de entrevistas do programa de TV homônimo que apresentou, “MPBambas” (“Histórias e memórias da MPB”). Entre 2009 e 2016, foi um dos consultores da Enciclopédia Virtual de Música do Itaú Cultural. Em 2018, fez a curadoria da exposição “Bossa 60 – Passo a compasso”, que ficou em cartaz no Espaço BNDES, no Rio, entre 17/7 e 6/9. Idealizou, fez a locução e dividiu o roteiro do documentário “Sambalanço – a bossa que dança” (TV Zero/Canal Brasil/ Tele Cine/ Rio Filme), com o cineasta Fabiano Maciel, lançado em 2019. Escreveu o texto de apresentação do livro “Academia de letras”, de Nei Lopes, organização de Marcus Fernando (Editora Contracorrente, 2022).
Considero a iniciativa da criação da Academia Líbano-Brasileira de Letras, Artes e Ciências de fundamental importância no estreitamento dos laços de amizade e cooperação entre os povos irmãos do Brasil e do Líbano.
É necessário ressaltar a participação do grande número de descendentes libaneses na cultura, ciência e na criatividade brasileiras. Há um entrosamento tão grande entre ambos, que nos sentimos parte de um único país, conectado por afinidades de sangue e alma.
A permanente atividade da Academia levará a patamares ainda mais altos esta convivência já secular.